quinta-feira, 18 de julho de 2013

ALEXANDRIA - CAPÍTULO IV - PARTE III

Napoleão já era um grande estrategista social e belicista nesse período da história, gostava muito da repercussão de seus feitos e esse era seu grande defeito. Ele era um homem que necessitava manter seu ego inflado, sendo essa sua arrogância nascida desde sua infância, porém, mesmo sendo arrogante, ele sabia se apoiar muito bem nas pessoas, para que seus planos concretizassem da forma que ele esperava. Napoleão tinha grande apreço por pessoas tão ambiciosas quanto ele, ou que se destacavam frente a uma obsessão. O Vernaculista era o homem que o general mais admirava, devido as histórias que ele ouviu no período de escola militar.

- General, posso entrar? Diz um dos jovens recrutas que acompanharam Napoleão no primeiro encontro com o Vernaculista.
- Aproxime-se! Napoleão estava em um pequeno quarto nos arredores de Paris, escondido, pois havia um grupo de soldados procurando-o para leva-lo à corte marcial, pois era considerado um grande desertor e também um traidor do império.
- Senhor, acabou de chegar em minhas mãos um envelope.
- Dê-me!
- Aqui está, o entregador disse a seguinte frase para mim "ACORE CVE CIVM IS TORN!"

Essa frase fez com que Napoleão pegasse o abridor de carta que estava sobre a mesa, e com um movimento rápido da lâmina prateada ele abre o envelope, e logo em seguida se desloca até uma janela e começa a ler o que estava escrito no papel. Porém ele se vira e diz:
- Leia alto o que está escrito nessa folha de papel.
- Está em branco general! Diz espantado o recruta.
- Não te intriga isso?
- Obviamente senhor.
- Porém tem algo escrito nessa folha.
- Não vejo nada senhor.
 
Napoleão toma a carta da mão do homem e se encaminha na direção de uma vela, colocando a mesma sobre a chama da vela.
- Ira queima-la senhor?
- Pelo contrário, irei revela-la!
- Queimando a mesma senhor?
- Preste atenção, somente irei aquece-la, pois a tinta com a qual foi escrita é termicamente sensível, observe!

Logo em seguida a tinta começou a se revelar e linhas escritas apareceram, mostrando não só uma carta, mas também desenhos que pareciam de um mapa.

- Magia?
- Nada disso meu caro, pura química, essa tinta não passa de sumo de alguma fruta cítrica, que quando aquecido reage e adquire cor e dessa forma torna a carta legível!
- Brilhante senhor, como sabe disso?
- Não sou um simples militar, meus estudos não são limitados ao campo de batalha, sou o futuro da França, da Europa e do Mundo!
E continuou:
- Agora por favor saia e feche a porta, tenho coisas importantes para ler.

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