quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ALEXANDRIA - CAPÍTULO II - PARTE III

Depois de receber o tesouro dos ciganos, Pierre iniciou sua caminhada rumo a vingança, passou anos juntando informações sobre os mercenários que haviam entrado no mosteiro e assassinado seus amigos, até que descobriu que esses mercenários, seguiam ordens de um império que na surdina entrava no território francês e pilhava o que via pela frente. Também descobriu, que esse império financiou o ataque aos antepassados ciganos de sua nova família. Pierre declarava guerra ao império britânico.
As habilidades de Pierre eram inigualáveis, não havia outro ser na Terra que conseguiria imita-las, por isso os ciganos o consideravam como um deus. Pierre não se considerava um deus, queria ser mais considerado como um demônio que veio vingar, de forma dolorosa todas as atrocidades que aquele império fez.
Pierre conseguia ficar tão transparente e tão intangível quanto o ar, conseguia com seu toque deixar objetos invisiveis e intangiveis, agia como um fantasma e se intitulava como Fantasma. Todo o seu poder era proveniente daquela pena, que enquanto permanecesse junto a ele, lhe daria o poder de uma criatura do além túmulo.


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Naquela noite coberta pelas constantes neblinas de Londres, aquele fantasma se aproximava do porto em um pequeno barquinho, parecia que o barco era um bote de um navio, que havia sido deixado a deriva, uma vez que o mesmo parecia estar vazio.
Dois soldados faziam sua ronda, era próximo às três horas da madrugada, e o turno dos mesmos estava chegando ao fim, seus rostos se mostravam cansados, mas esse era o preço por servir o império.
Aquele barquinho se aproximava e ele avisam então:
- Quem se aproxima, identifique-se ou será alvejado!
Nenhuma voz veio da direção do barquinho.
- Deve estar vazio, vamos alveja-lo no casco só por garantia, se tiver alguém deitado o peso vai fazer com que o barco afunde mais rápido.
- Não podemos fazer isso, e se for um náufrago que está inconsciente?
- Está bem, está bem!... Então faça o seguinte pegue um barco e vá até lá ver!
- Eu?
- Sim você!... Por mim já tinha alvejado o casco.
Nesse momento chega o capitão da guarda:
- O que está acontecendo aqui?
- Senhor! avistamos um bote a deriva e estavamos esperando para alveja-lo, só não o fizemos ainda pois meu amigo se propôs pegar um outro bote e ir lá ver se o mesmo está vazio.
- Não!... Os dois devem ir lá ver ... peguem aquele bote do porto e averiguem a procedencia do que está a deriva, veja se é um bote realeza portuguesa, se for pode ser que um dos galeões que transportam ouro das américas para a Europa pode ter sido abordado por piratas. Parte desse ouro vem para o imperio britânico.
Os dois soldados vão em direção ao bote e o encontram vazio, amarram uma corda na proa e o rebocam para o porto. Mal eles sabiam que estavam abrindo as portas do império para um demônio sedento de vingança.