quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ALEXANDRIA - CAPÍTULO III - PARTE V

Na partida a grande máquina do diabo, o Juggernault francês, saiu de Versailles de forma bastante discreta e também retornou a seu berço de forma bastante discreta, descendo rápido pelos rios centrais da Europa, o Rio Dniepre, andando em terra um pouco mais e percorrendo o Danubio, chegando na França, intácto e discretamente.

- Menino você terá a honra de conhecer o imperador da França, portanto demonstre respeito quando ele pedir para te ver.
O general falava em um dialeto eslavo, que o menino conseguia compreender, já que o francês era totalmente incompreensível para o pequeno.

- Chegando em Versailles vou te levar direto ao imperador, já que você não toma banho por semanas, o imperador estará livre de doenças vindas de você!
Havia uma crença entre os francêses que a sujeira que se acumulava sobre a pele de quem iria ter uma aldiência com o imperador, evitava que doenças provenientes do plebeu infectassem o grande imperador.

Ao longe já podia ser visualizado o palácio de Versailles, residência real francesa, porém o Juggernault não iria entrar pelos portão frontal, mas sim por uma entrada secreta, perto da entrada da cidade. Uma pequena casa escondia a porta de um túnel profundo, duas canaletas onde as rodas do Juggernault se encaixavam e corriam túnel adentro, quando as rodas se encaixavam, uma plataforma erguia os cavalos e tiravam os mesmos do contato com o chão. 

Com o acionar de uma corrente ligada ao eixo da máquina do diabo, um sino tocava na outra extremidade do túnel, então uma grande manivela, rodada por cavalos, começava a puxar essa corrente e com isso o Juggernault. Esses túneis tinham em torno de quatro metros de altura por mais quatro de largura, e vários arcos de pedra e madeira mantinha toda a estrutura armada. 

Ao longo do túnel várias lanternas eram acesas, com o atritar de uma parte de metal do Juggernault com uma outra canaleta a meia altura, que possuia um óleo inflamável, proveniente de uma espécie de resina.

A máquina corria rápido naquela espécie de trilho e chegava com facilidade em uma espécie de ancoradouro na parte inferior do palácio, onde se encontrava um grande número de operários trabalhando no construir de muitas maravilhas bélicas desenhadas por Leonardo da Vinci.

Estendendo a mão, que saia de um pomposo colete azul aveludado, com as flores-de-lis amarelas bordadas pelo comprimento do mesmo, com punhos e gola em babado branco, o general diz:
- Pequenino, não tenha medo, pode sair da carruagem... Venha ver sua nova casa, o local onde você iniciará o domínio do mundo em nome do nosso imperador!