terça-feira, 20 de outubro de 2009

INCUBUS

Um espelho sem reflexo...
A prata não reluz a imagem daquele que foi tocado pelas trevas
Olhos tão negros quanto a sua alma...
Possuiria uma alma aquele que se desloca pela noite...
Procurando seu sucubos...
Entrando nos aposentos e absorvendo todo o suspiro primordial...

Pele alva e fria, tão sensível e tão imortal...
Coração estático...
Não há necessidade em bater.
Portador morto da imortalidade.

O espelho que não reflete sua alma pútrida...
Que para ele não tem utilidade.
É na realidade toda a sua ruína...
Espelho este que não reflete imagens...
Mas que para o desalmado apenas mostra sua existência...
Através de um vácuo.

E a tristeza toma conta deste,
Pois não tem sentido sua existência.
E o incubos sem alma sucumbi...

BRILHO CARMIM

Mais uma vez eu acordo...

Mais uma vez minhas mão estão tingidas de rubro.

Meu corpo dói e meus olhos se aconchegam nas trevas.

Que vozes são essas que ecoam em minha mente?


As sombras estão a cobrir meu corpo.

E eu sinto um toque gélido descendo por mina pele.

Em minha mente posso ver olhos negros me fitando.

Sinto-me enlouquecido...


Que gosto estranho é este entre meus dentes?

Por que meu coração dispara quando olho a lua pela janela?

Sinto uma arrebatadora vontade de ir em sua direção,

Mas seu brilho prata torna-se carmim a cada batida de meu coração...


Agora a olho fixamente e já não sinto mais frio...

Trevas e o brilho carmim fundem-se em uma abominável distorção da realidade.

Esqueço meus pensamentos...

Meus olhos se fecham...

Uma voz sombria clama meu nome...

E mais uma vez eu acordo...