segunda-feira, 19 de março de 2012

ALEXANDRIA - CAPÍTULO II - PARTE VI


Passadas semanas, a França se encontrava em uma grande balbúrdia, não havia respeito de pessoa para com pessoa, todos arrumavam uma desculpa para matar o outro, os seres humanos se mostravam animalescos em suas ações, mesmo os com mais conhecimento, os intelectuais, que conseguiam induzir os mais ignorantes, já estavam com seus atos deformados, matando, roubando e como sempre estuprando.

Uma carta enviada de Lisboa, por um desconhecido, que com certeza não era português, devido a forma como utilizava o fraseado em sua carta, chega ao castelo de Vladislau, exigindo sua presença em uma taverna portuguesa. O escritor da epístola com certeza conhecia os segredos de Macula, sabia quem ele era, e dizia ter respostas para muitas questões.

Uma segunda carta chegou às mãos do Fantasma, dizendo que conhecia sua genealogia, informando um local, data e hora para que Pierre se encontrasse com um estranho, em uma taverna de Lisboa.

O estranho marcou mesma hora, data e local para os dois assassinos. Ele também sabia que os mesmos tinham conhecimento da existencia um do outro, e que eram muito orgulhosos, acreditavam que eram intocaveis por qualquer outro ser humano, mesmo os dois sabendo que um outro assassino era tão bom, acreditavam mesmo assim que era superiores, Macula se achava melhor que Fantasma e Fantasma se achava superior a Macula.

O maior problema era que os dois eram muito bons no que faziam, mas não sabiam de muitas coisa importantes da história como um todo. Na realidade, nem os antepassados de Macula, nem mesmo os Ciganos tinham conhecimento de alguns fatos extraordinários que envolviam o surgimento de suas lendas. Macula era chamado de um imortal, devido a seus antepassados passarem a sina de um para o outro na família. O maior problema é que a lenda de Macula estava para terminar, uma vez que Macula não tinha filhos. Talvez esta tivesse sido uma escolha do mesmo, finalizar uma lenda, tornar lendária a própria lenda do imortal. Pierre por outro lado, foi profetizado e esperado com o fulgor da vingança no coração de um povo. O Fantasma vivia de ódio, tristeza e saudade, eram esses os seu elixir de vida, o que lhe dava determinação implacavel.

O estranho de Lisboa, queria coloca-los juntos e ver o que iria aconter. Tudo seria uma grande surpresa, talvez uma surpresa apocalíptica para Lisboa. Um imortal e um fantasma raivoso chegariam em breve.