sábado, 14 de setembro de 2013

ALEXANDRIA - CAPÍTULO IV - PARTE V

O general que viria a se tornar imperador em um futuro próximo tinha em suas mãos a arma mais poderosa de toda a Europa, e era um simples homem, capaz de mudar o rumo da história com simples músicas extraídas de seu violino.

Em diversas batalhas em que Napoleão se envolveu o violino era ouvido antes da peleja começar, muitos diziam que era o próprio diabo quem estava tocando o réquiem. Os inimigos sempre entravam em pânico, acreditavam que o general francês havia prendido o demônio em uma gaiola e o levava no campo de batalha forçando o mesmo a tocar e trazer a morte aos quem o enfrentava.

Muitos soldados corriam das linhas de frente, e os que ficavam sempre morriam degolados, com um corte fino na garganta. Enquanto a música tocava um silêncio nas linhas de frente se dava, sendo somente o violino ouvido ao longe. Ninguém sabia, mas haviam notas especiais que davam a habilidade especial ao Violinista e eram notas mais graves, que não podiam ser ouvidas a longas distâncias por serem mais baixas, porém quem se encontrava perto logo ficava imobilizado pela vontade do músico.

Do lado oposto ao da corda do arco, havia uma lâmina muito fina, que o Violinista usava para degolar seus inimigos, ele mantinha os soldados parados no tempo e ao passar por cada um os degolava com o arco. E no momento de silêncio em que o músico fazia sua chacina os canhões eram disparados e uma cortina de ferro e fumaça se formava, instaurando mais medo ainda, pois somente podia-se ver ao longe uma silhueta andando em meio a névoa que se formava. 

Em seguida quando o outro exército já estava recuado e sem saber o que fazer, acontecia o golpe de misericórdia, a música se iniciava de novo, e pelos flancos ou por trás havia o ataque da cavalaria de Napoleão. Essas foram batalhas onde poucos franceses perderam a vida. O general avançava pela Europa e conquistava tudo o que queria. E isso estava gerando um desequilíbrio na ordem da Europa, a Torre dos Dez estava se enfraquecendo.

Devido aos ataques de Napoleão os poderosos da Europa e que compunham a Torre dos Dez se reuniram para tomar uma decisão frente ao general francês que tomava conta de tudo. Senhores Italianos, Espanhois, Lusitanos, Ingleses, Romenos e Alemães se encontravam juntos e discutiam a contratação de um assassino para findar com a vida de Napoleão.

Em meio a essa reunião se encontrava Bastian, que logo se pronunciou, em um linguajar antigo comum a todos os integrantes da Torre dos Dez.
- Eu tenho dois grandes assassinos em mente, o Fantasma e Macula!
 
Um inglês se levanta e fala alto:
- Esse tal Fantasma assassinou o rei da Inglaterra e esse Macula quase toda a nobreza da Europa... Não confio neles, prefiro uma ofensiva de todos nós contra Napoleão!

Então Bastian fala calmamente:
- Você não sabe o que fala! Não sabe que Napoleão está usando de meios diferentes para vencer. Ele também usa um assassino, e um dos mais poderosos que já tive notícia.
O inglês retruca:
- E você pensa que é quem? Você acha que é a sumidade dos assassinos?

Nesse momento a porta do recinto onde a reunião se desenrolava é aberta e um homem magro entra e diz:
- Esse não é ninguém mais que Bastian, senhor da Ordem dos Ladrões!
Um espanhol se levanta e aponta uma pistola para o intruso e diz:
- Como ousa entrar aqui? Quer perder a vida?

Bastian também se levanta e se põe entre a pistola e o intruso.
- Amigo baixe essa arma, esse homem que aqui aparece como um intruso vem nos trazer a resolução de nosso problema frente a Napoleão.

Bastian continuou:
- Por favor, entre e sente-se na nossa mesa, meu amigo!
O Espanhol esbraveja:
- Explique-se Bastian! Como você permite esse homem entrar aqui?
- Fique calmo amigo espanhol, esse é meu amigo, o maior estrategista do mundo... Apresento a todos vocês o Vernaculista!