sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ALEXANDRIA - CAPÍTULO II - PARTE IV

Ao descer do barquinho no cais, Pierre subiu furtivamente em uma carruagem que pertencia ao chefe da guarda, a mesma se movia vagarosamente e o som dos cascos dos cavalos ecoavam pelas ruas. O homem que ostentava algumas patentes, era orgulhoso, se achava melhor que todos, mas não fazia ideia de quem se encontrava em sua frente.
Pierre andava sempre com algumas frutas ou caroços em seu bolsos, naquele momento ele tinha no bolso de sua jaqueta algumas cerejas, ele enfia a mão no bolso e retira uma pelo cabo, mas ele não iria come-la. Pierre se debruça na direção do homem adentra sua mão pelo peito do homem e deixa a cereja dentro do coração do mesmo, no momento que Pierre larga a pequena e rubra fruta ela se solidifica e o chefe da guarda se contorce e em segundos sua face fica estática e assustada, olhando para o vazio como se a morte havia chegado e ceifado sua vida.

No momento em que a pessoa começava a morrer ela era capaz de enchergar o executor, ou seja, Pierre tinha ficado claro para sua vítima, que não sabia o por que estava vendo aquela pessoa e ao mesmo tempo morrendo. O homem morre e o cocheiro da carruagem nem toma conhecimento do fato, pois a morte foi rápida e silênciosa.
Pierre salta da carruagem e começa a andar pelas vielas, ele já sabia para onde devia se locomover, uma vez que o palácio real era muito ostentativo. O fog londrino tomava conta de toda a cidade, não se podia ver nada, mas esse fato não era tão relevante uma vez que Pierre se mantinha envisível e intangível, era um fantasma mortal se movendo pelas vielas.

O Fantasma furtivo se locomove até o palácio onde seus inímigos formavam alianças com mercenários e assassinos. Ele para na frente dos portões, onde os guardas ficavam em pé estáticos. Pierre cruza todo o caminho e observa os arredores mas sem ficar surpreendido com o luxo. O Fantasma entra nos quartos e promove uma chacina silênciosa, colocando no coração de homens, mulheres e crianças alguns caroços de cereja, fazendo com que todos infartassem imediatamente. Mas quando chegou até o rei, ele não colocou uma pequena semente, mas sim uma pêra inteira dentro do coração dele, afim de fazer com que o coração se solidificasse imediatamente. E foi isso o que aconteceu, uma estranha morte para um rei.