domingo, 5 de fevereiro de 2012

ALEXANDRIA - CAPÍTULO II - PARTE V

O Fantasma não se vangloriava de suas ações, pois sabia que o que fazia ninguem era capaz, ele era o deus dos Ciganos, os mesmos pregavam culto a ele, fato esse que não se sentia muito a vontade, pois sabia que não era imortal, se uma mera facada fosse dada em quanto ele se encontrava solidificado, ele podia sangrar até a morte. 

Logo o Império Britânico colocou um sósia do rei no poder, com a finalidade de não se desenvolver uma crise no poder. O Império Britânico era um dos mais poderosos dentro da Ordem da Torre dos Dez, dizem que era praticamente o integrante mor, que decidia o destino dos outros, o império em que os britânicos depositava sua mão direita havia fartura, o império em que a mão esquerda era depositada havia desgraça.

Se fosse divulgada a morte do integrante mor da Ordem, iniciaria uma grande guerra na Europa, pois um império atacaria o outro. Na realidade não era isso que o Fantasma desejava, ele somente queria vingança, uma guerra desse nível traria morte aos ciganos. O problema é que o Fantasma não tinha conhecimento da Ordem, e decidiu matar outros despotas. O segunto foi o Imperador da Romênia, José II.

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O Fantasma se locomovia entre as vielas da Paris em guerra civil, olhava toda a confusão, pessoas passavam por ele, outras eram assassinadas na sua frente. Ninguém podia lhe ver, ninguém podia lhe tocar, e ele caminhava como o próprio ceifeiro, indo na direção do palácio do Rei Sol.

Chegando perto ao palácio ele vê uma grande carruagem sair a todo velocidade, era a carruagem real, mas ninguem jurado de morte por milhares seria tão estúpido, para sair de forma tão chamativa no meio de seus odiados. Ele sabia que dentro da carrugem, agora já tomada pelo povo, não se encontrava o Rei Sol. O mesmo devia estar se locomovendo de forma bem menos chamativa. Enquanto o povo comemorava o corpo decapitado de um homem com roupas nobres, uma charrete negra saia do portões de ouro. O Fantasma se aproxima, seguindo pelas vielas que estavam vazias, por causa da movimentação em direção a festa sangrenta.
Do alto de uma sacada um vulto negro salta, caindo perfeitamente como um felino sobre o teto da charrete, ele se surpreende com o acontecido e vê uma lâmina surgir debaixo da capa negra. A cabeça do condutor da charrete voua rápido no ar, e quando o Fantasma se põe a correr na direção da charrete, a lâmina volta e perfura várias vezes o teto. O luar mostrava a lámina prata ficar com um brilho vermelho. 

A charrete se locomovia com a figura em pé no seu teto, que antes de saltar aponta a espada na direção do Fantasma e diz com tom zombeteiro: 
- Você me tirou a Romênia, agora eu lhe tiro a França!
Estava claro que era o assassino que queria matar José II, estava claro que era Macula.

Com a divulgação da queda do Império Francês, começou a circular uma frase um tanto quanto pertinente na Europa. Muitos diziam: 
- A Bastilha caiu!
A bastilha era o símbolo da torre francesa na Ordem da Torre dos Dez.