quinta-feira, 9 de junho de 2011

ALEXANDRIA - CAPÍTULO I - PARTE IX


Horas de caminhada debaixo da fina chuva de um inverno que se iniciava, os ventos cortavam com suavidade o tronco das ávores, mas eram como navalhas cegas ao passar vorazmente sobre a pele dos homens acorrentados, que caminhavam em direção de uma terra desconhecida. 
Eles já haviam andado por toda Romênia, por toda a baixa Romênia, conheciam todas as suas belezas e riquezas, desde as mais belas jovens até o ouro dessa terra, mas nunca haviam adentrado nas terras nobres do imperador. Esses homens realmente possuiam históricos terriveis, mas não possuiam poder, eram reles camundongos perto dos verdadeiros assassinos da Europa. Esses grandes monstros, se encontravam muitas vezes sentados em cadeiras almofadadas com veludo vermelho, ostentando ouro, esmeraldas e marfim, morando em palácios e comandando os rumos do continente com mão de ferro.
Os imperadores na Europa eram eleitos segundo a vontade de uma ordem secreta. Nenhuma família nobre chegava ao poder sem antes ter passado por essa ordem. Dentro dessa ordem havia uma hierarquia e níveis de posição, sendo que cada nação possuia várias famílias em potencial para um dia chegar ao poder. As famílias com níveis mais elevados possuiam conhecimento sobre particularidades da Europa, onde havia minério, ouro, minas de pedras, rotas mais curtas por terra e por mar. 
As principais particularidades eram entregues aos mais poderosos integrantes dessa ordem secreta, tornando-os mais ricos ainda e com poder para suprimir seus rivais. Uma guerra silenciosa se travava entre os bailes e encontros imperiais dos nobres.
A única forma de se saber da existência dessa ordem era se um membro a revelasse, sendo que para isso somente de duas formas ocorria, atravéz do convite ou do sacrifício. A ordem tinha um número exato, sendo dez integrantes de cada nação, ou seja, somente dez famílias por nação podiam coexistir e lutar pelo poder, as demais não podiam saber da existência da ordem. O convite se dava quando um membro se mostrava incapaz de permanecer lá dentro do grupo, ou seja, não conseguia manter-se e tentava criar conspiração com outra nação para derrubar seus rivais, quando isso ocorria, o mesmo era assassinado.
O sacrifício se dava quando um dos membros ao ser subjulgado por outra família pedia clemência e entregava tudo o que possuia a um dos outros nove ocupantes da ordem, quando isso ocorria a família vencedora ocupa o lugar de duas, tornando-se assim mais forte.
Essa ordem se intitulava a Torre dos Dez, e seu símbolo era uma mão dourada com os dedos indicadore e médio elevados. Esse também era a senha para se entrar nos encontros da ordem, mostrando o anél da família e o anél da ordem, que era confeccionado em dez tipos de material, indo da madeira, osso, mármore, alumínio e bronze para as famílias de nível mais baixo, passando por cobre, prata, prata cravejada com rubis, prata cravejada com diamantes para as famías intermediárias e chegando ao ouro para a elite, cada um indicando o nível em que a família se encontrava respectivamente.