terça-feira, 18 de setembro de 2012

ALEXANDRIA - CAPÍTULO III - PARTE III

O Juggernault adentrava as terras do interior da Ucrânia e por onde passava, os fazendeiros entravam em desespero, pois achavam que era um demônio, algumas vezes pequenos agrupamentos se deslocavam e preparavam emboscadas, acreditando que iriam impedir um demônio de cruzar suas terras. 

Eles usavam armas simples com pequeno poder de fogo, mosquetes, lâminas e arietes eram usados contra a robusta couraça de metal, porém não surtiam efeito e o poderoso Juggernalt continuava seu caminho. Para provocar medo e impedir novos ataques de interioranos, o general ligava o sistema de defesa, disparando os mosquetes e os lança chamas, saraivando e queimando quem se aproximava. As lâminas sobre a capota do veículo dilacerava os inocentes que acreditavam estarem lutando contra um enviado de Lucifer. 
O general gargalhava dentro de seu poderoso tanque, ouvindo o brado daqueles pobres coitados que tentavam exorcizar o monstro de metal. Para eles aquela abominável máquina era um demônio, mas para os que não eram leigos, que por sinal eram muito poucos, à primeira vista já percebiam que era um maquinário, porém se perguntavam se a tecnologia ou mesmo quem o comandava não era o próprio diabo, devido ao tamanho poder de fogo que a máquina demonstrava, além da falta de compaixão de seu controlador.
Muitas vilas sucumbiram ao poder do Juggernalt, não havendo nenhuma forma de resistência capaz no mundo até então. 
Passadas algumas semanas de atrocidades o Juggernalt chegou até uma vila, que se encontrava em um vale, rodeado de pinheiros e algumas colinas, um local bastante agradável e de beleza incontestável, e que era o local indicado no mapa traçado e decodificado pelos alquimistas e astrônomos reais. O Juggernalt parou no alto de uma colina e soltava algumas rajadas de fogo, como se tivesse vontade de amedrontar os que se encontravam  no vale. Logo a carapaça de abriu e sobre um cavalo o general desceu a colina em direção à vila.
Chegando na praça central, o general viu toda a vila fechada dentro de suas casas, mas percebia alguma movimentação nas janelas. Então ele começa a falar:
-Pequeninos! Venho até vós enviado por uma força sobrenatural... Meu senhor encontra-se sobre a colina e exige um tesouro que se encontra nessa vila... Em troca vocês serão poupados do fogo do inferno que assolou seus vizinhos!
E continuou:
-Exijo o menino nascido há 13 anos, orfão, e adotado pela igreja. O menino músico, prodígio que nasceu da profecia e deve servir ao império soberano do velho mundo!
Logo uma porta se abre e uma criança sai, andando vagarosamente, com medo e de cabeça baixa. O general desce de seu cavalo e para na frente do menino.
-Você parace doente!
 O menino olha para cima com medo e soluça.
-Está com medo? 
-Sim. Responde o menino.
-Pois não devia! Prova-me que é o profetizado e toda as pessoas dessa vila serão polpadas.
O general pega de dentro de uma bolsa um violino e entrega ao menino, também pega uma ampulheta e diz:
-Vamos! Toque!
O  menino começa a tocar e o general gira a ampulheta, logo a areia que caia constante para de escoar e o homem tem certeza que aquele era o garoto da profecia.
Como prometido o general polpa a vila e leva o garoto até a maquina destruidora que  parte imediatamente rumo à França.