quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Papirus Alexandrinus - Capítulo III - Parte IV

Após aquela poderosa explosão, uma onda de impacto correu por toda a floresta, levantando poeira e todo o tipo de entulho que podia ser encontrado no caminho. Uma grande quantidade de energia negra e branca havia sido liberada, nunca em um terreno longe de Atlântida ou dos Pólos isso havia ocorrido, sempre uma grande quantidade de energia negra era possível de ser detectada longe das referidas regiões, pois isso significava que mais um Incubus havia sido eliminado, mas desta vez era algo inédito.

Isto com certeza chamou a atenção de muitos seres que estavam vivendo escondidos, pois algo especial havia sido novamente utilizado. Com isso uma chuva de Incubus se daria na região.
Passadas algumas horas, no centro da cidade Asteca, onde uma grande feira se dava, um sacerdote, do alto da pirâmide, libera um forte grito e aponta em direção ao norte, algo diferente estava se aproximando. Logo, sobre a cabeça dos moradores, uma legião de anjos passa, causando grande tumulto e alvoroço nos nativos. Os anjos voam todos em direção ao sul, cruzando rapidamente a floresta.

Do alto eles observam a destruição da floresta, árvores tombadas, crateras no solo; era óbvio que uma perseguição tinha se dado, uma longa e tumultuada perseguição. Até que em uma certa altura da floresta os anjos param e começam a voar em círculos, descendo em aspiral. A legião não era muito grande, devia haver um total de uns oito anjos, mas todos austeros e brilhantes. Do alto da pirâmide o sacerdote observa tudo, calado, pasmo e pálido, pois nunca imaginara que poderia ver aquilo, muitos eventos aconteceram naquele dia, a cabeça destes homens não estava preparado para tanto.

Logo os anjos descem no solo e se organizam em um grande semicírculo, eles estavam em uma grande cratera, onde no meio se encontravam duas grandes espadas. Estas espadas tinham sido procuradas por centenas de anos, mas nunca haviam sido encontradas, pois os Incubus as tinham escondido muito bem, nem mesmo sob tortura os generais atlantis diziam onde as grande armas estavam escondidas. Estas espadas eram conhecidas como as dizimadoras da luz, eram forjadas com as sombras materializadas ¹ mais escuras possíveis, nada possuía uma essência tão sombria quanto estas lâminas.

Do semicírculo, uma das figuras gloriosas, coloca-se a frente e abaixando recolhe as lâminas do chão, elas ainda estavam quentes e muito afiadas. Um pouco mais a frente uma grande carcaça se encontra toda em chamas, era o grande Quetzalcoatl, caído, extinguido, morto; as labaredas tomavam conta de sua carcaça sem o menor respeito ao qual deveria ser concedido. Os anjos curvam-se, fazendo uma bela reverência ao corpo titânico a sua frente. Não havia vestígios, como normalmente, do Incubus destruído, o Quetzalcoatl havia caído, havia levado consigo a terrível besta que assombrou por séculos aquela região.


Com um rápido movimento de asas e um poderoso impulso com as pernas, os oito se põe no ar, levando junto as lâminas assassinas, eles haviam chegado antes de todos os Incubus que infestariam aquela região.
Do alto da pirâmide o sacerdote observava os seres alados indo embora, em direção ao desconhecido norte, mas a fila foi quebrada, pelo movimento de dois anjos que fizeram uma curva e voltaram em direção ao sul ² .


(1) Os Incubus utilizavam-se de magia negra para criarem as armas mais mortais para os seres vivos, elas eram produzidas da materialização das sombras. Quanto mais terrível o histórico da região que eles se utilizavam para produzir a materialização, mais mortífera a arma se tornava. As armas mais mortais foram forjadas das sombras das catacumbas de Atlântida, onde diversos anjos foram mortos e torturados.

“Aquelas criaturas já eram amedrontadoras, ainda mais com lâminas tão terríveis nas mãos, não havia como não se render aos mesmos...”


(2) Após a constatação de que uma horda de Incubus podia surgir, sempre um ou mais batedores alados eram mantidos na região. Geralmente eram providos de armas potentes, as armas de luz, que como ao exemplo dos Incubus, estas eram forjadas com a luz solar (em vez das sombras), das regiões mais altas da terra, onde a luz era a mais branca possível. Para destruir um Incubus, na realidade não era necessário armas forjadas da materialização da luz, mas sim armas de prata, mas para ofensivas maiores, as armas de luz eram mais efetivas, pois conseguiam destruir criaturas sombrias no raio de 3 metros onde atingiam. Geralmente as armas de luz eram um arco com flechas de luz, uma espada, uma lança e um escudo.

“Aqueles seres alados eram magníficos, graciosos, austeros, elegantes e gloriosos... Suas armas faziam por merecer seus donos...”