domingo, 24 de janeiro de 2010

Papirus Alexandrinus - Capítulo II - Parte I

19 de julho de 44 a.C.
Naquelas terras antigas, onde as pilastras de mármore reluziam com a luz do sol nascente, passando pela cerração, característica daquela época fria do ano, aquela luz amarelada, parecendo até envelhecida, contemplava a face daqueles imperadores de outrora.
Quase sempre os bustos eram contemplados por diversas pessoas, mas desde alguns meses isso não se dá mais, pois um novo imperador chegou, e com ele a cultura de novos tempos.
Estas terras correspondiam ao centro de Roma, bem onde o imperador agora vivia, em meio às belezas da arte, da republica, das mulheres e dos Sucubus. Entre as paredes daqueles palácios, diversas tramas e traições se desenvolveram, umas mudaram os rumos da humanidade, enquanto outras ficaram escondidas nas sombras da história.
Ninguém sabe ao certo como aquela criança chegou até César, muito menos porque o imperador o adotou¹, só se sabe que esta criança era o protegido, tanto por ele quanto pelo senado.

Naquele momento aquele homem, próximo da piscina, trajando sua toga branca, com motivos em dourado, preparava-se para adentrar na água, coberta por pétalas de rosas vermelhas e brancas. Mas um outro homem se aproxima, este vestindo uma armadura de metal com couro, sandálias e uma capa vermelha, trazendo um elmo debaixo do braço esquerdo. Ele é um general e traz noticias de grande importância ao seu grande líder, seu deus.
Mesmo vendo sua aproximação o homem adentra na piscina e começa a se banhar, e enquanto o General lhe conta as noticias de uma campanha ofensiva, este imperador observa os afrescos e as estatuas que circundam a grande praça de banhos. Neste momento uma jovem vestida de branco, e com cabelos longos, castanhos e encaracolados se aproxima trazendo uma bandeja de prata com uvas e romãs e uma jarra de vinho, acompanhada por uma taça cravejada de pedras.
A jovem deixa a bandeja em uma banqueta próxima do general, que não percebe, ou simplesmente desdenha a sua presença, continuando a relatar os fatos da campanha vitoriosa. Após isso a jovem se aproxima da piscina, onde se encontrava o imperador sentado, e adentra na mesma, deitando no colo do soberano.
Em prazo de minutos, um corpo boiava nas águas, um corpo totalmente seco, um corpo de mulher, com uma grande abertura no pescoço, mas com um ar sereno, uma expressão de dever cumprido.
A imagem que seria totalmente aterradora para qualquer um, não distrai a atenção dos homens, que agora discutem sobre uma nova ofensiva.

(1) Este é um trecho dos Papirus Alexandrinus que conta como Brutus, o assassino de César aparece na historia de Roma. Ele foi trazido de uma região longínqua, alem mar, e mantido sob custódia de César, para que um dia chegasse ao poder. Sua família, seus progenitores eram de grande influencia e na realidade comandavam toda a Europa, tendo como governador da região os Césares. Brutus tinha a função de ser o novo deus e exportador de Sucubus para Atlântida. Quando César notou isso, tentou transformar Roma em uma republica democrática governada pelo Senado. Fato que causou sua morte.

“O imperador jamais deixaria seus familiares, amigos patrícios e súditos morrerem nas mãos de carniçais, de além mar. E naquele 15 de março de 44 a.C., sua coragem o matou, sua coragem o transformou em mito, sua coragem causou uma revolta popular. Foi morto de forma dolorosa e lenta, com diversas perfurações pelo corpo. Perfurações em regiões não vitais, mas regiões que possuem sangue. Sangrou até a morte... Mas nenhum sanguem foi descrito, limpo ou mesmo visto.”