quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ALEXANDRIA - Capítulo I - Parte XIII

Seguindo pelo estreito caminho, saindo da clareira e caminhando na direção do bosque, que ficava pouco antes do palácio imperial, passando pela trilha de paralelepípedos e chegando no muro mais alto, onde a defesa era menor, pois acreditava-se que não havia como escala-lo, Macula para e respira fundo. Com movimentos velozes ele se apoia em sulcos formados pelos tijolos do muro e chega com extrema rapidez e elegância no alto da muralha.

Logo ele está no chão e moviementa-se como uma alma penada, sem causar barulho, andando nas sombras e cortando as gargantas de vários guardas, levando os corpos para as sombras. Em prazo de minutos todos os guardas estavam mortos, Macula os havia matado, sem que os mesmos sabessem o que ocorreu.
Ele então chega na grande porta do Hall de entrada e a abre, era um local luxuoso, com mármore, quadros nobres e candelábros de ouro. Realmente um suntuoso e belo mausoléu.

Subindo as escadas, onde havia um grande tapete rubro, macula limpa sua lâmina embebida em sangue numa flâmula que pêndia da parede. Nesse momento ele observa um movimento logo à sua frente, algo que havia escapado de sua poderosa capacidade de enchergar tudo a sua volta, era algo diferente, uma coisa que ele nunca havia visto, pois não possuia forma e mais parecia uma neblina. Mas o estranho era conseguir enchergar uma neblina no escuro, uma vez que ainda era madrugada, algo inusitado, tão inusitado quanto ele mesmo se encontrava no palácio.

Era a primeira vez que Macula se movia prestando atenção não em seus movimentos, mas sim nos movimentos dos arredores. Os corredores eram estenços e possuiam vários quadros e tapeçaria em vêludo vermelho, a cor real, mas que para Macula não passava da cor da morte.
Enquanto o grande assassino se encontrava distraído, observando uma figura onde mostrava a árvore genealógica da família imperial, um grito forte é ouvido do quarto logo à frente, um grito de morte saia dos aposentos de José II.

O assassino empurra as pomposas portas e vê três figuras  sobre a grande cama real, uma linda jovem completamente desnuda, com os cabelos cor de ouro embebidos em seu quente e rubro sangue, um homem de capa e José II com uma lâmina enterrada no peito. O homem abre um sorriso para Macula e torna-se translúcido como um fantásma. Macula se move rapidamente na direção da figura e lhe golpeia com a lâmina, mas essa passa pelo corpo do homem, como se estivesse cortando a névoa.

A figura passa por dentro do corpo de Macula, que gira o braço com a intenção de arrancar a cabeça de seu inimigo assim que o mesmo passasse pelo outro lado. Macula não comprrendia o que estava acontecendo e acreditava que poderia picotar seu inimigo.

Com um movimento brusco e sem que Macula conseguisse calcular, o homem lhe derruba e imobiliza seus braços, forçando-o a ficar com a face no chão. 
- Quem é você. Resmunga Macula.
- Sou a mesma coisa que você, um mercenário, assassino e contratado para matar reis e inocentes. Responde a figura.
- Não pode ser, não pode existir ninguém como eu. Diz Macula.
- Meu caro, não acredite que é especial. Diz o homem, soltando Macula.

O grande assassino estava com o ego ferido, nunca haviam zombado dele dessa forma, ninguém era capaz de fazer isso e sair com vida. Macula mais uma vez ataca seu inimigo e golpeia o ar.
- Você ainda não entendeu?... Não pode golpear-me, na realidade só se eu permitir.
- Mentira! grita Macula, mais uma vez movendo sua lâmina.
- Eu já havia ouvido rumores sobre você Macula, realmente suas habilidades são incríveis, grande equilíbrio, velocidade não humana e uma vista privilegiada.

Macula não compreendia o que acontecia, estava com muito ódio, pois não conseguiu matar seu alvo e agoranem mesmo o seu inimigo.
- Não fique chateado, fique feliz, vou-lhe contar um segredo, você é o único ser capaz de me enchergar.
Logo apóz isso a figura passa pela parede sólida do quarto e desaparece.